segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Pineal versus Ajna Chakra. Morada da Alma ?

Há mais de dois mil anos, a glândula pineal é tida como a sede da alma. Para os praticantes do yoga, a pineal é o ajna chakra, ou o “terceiro olho”, que leva ao autoconhecimento. O filósofo e matemático francês René Descartes, em Carta a Mersenne, de 1640, afirma que “existiria no cérebro uma glândula que seria o local onde a alma se fixaria mais intensamente” O físico Erwin Schrödinger, no epílogo do seu livro "O Que é a Vida?", fez uma inferência interessante, a partir de um postulado simples: "EU sou a pessoa - se é que existe alguma - que controla o movimento dos átomos, de acordo com as Leis da Natureza." Sim, porque você não é a soma de seus átomos (em apenas um ano 98% de seus átomos são trocados por outros!) e, assim, também não pode ser seu cérebro. Acreditava-se também que o cérebro funcionasse como a CPU (processador) dos computadores, de forma rígida e mecanicista, mas ele também é inteligente, no sentido de procurar rotas neuronais alternativas para cumprir a função que ficou prejudicada, e novos neurônios esta nascendo o tempo todo, ao contrário do que acreditavam os cientistas até alguns anos atrás. Aliás, sobre esse assunto, quando o escritor espiritual (e ex-médico) André Luiz nos fala da estreita relação existente entre os neurônios e o perispírito no livro "Evolução em dois mundos" cap. IX, ele escreve algo que pode ser interpretado dubiamente: "Os neurônios nascem e se renovam, milhões de vezes, no plano físico e no plano extrafísico, na estruturação de cérebros experimentais, com mais vivos e mais amplos ingredientes do corpo espiritual, quando em função nos tecidos físicos, até que se ergam em unidades morfológicas definitivas do sistema nervoso". Estaria ele falando da gênese de um sistema nervoso definitivo, ou da contínua evolução de suas unidades no decorrer da vida? Gostaria que estudiosos desse de André Luiz colaborassem nesse tópico.
Ainda assim, nós não somos nossos neurônios. Então, o que somos? Onde está nossa alma? O filósofo René Descartes defendia a tese de ela estaria na glândula pineal, e explica:
"A razão que me leva a crer seja essa glândula a sede da alma é não encontrar, em todo o cérebro, nenhuma outra parte que não seja dupla. Ora, não vendo senão uma única cousa com os dois olhos, não ouvindo senão um mesmo som com os dois ouvidos, e, enfim, não tendo nunca senão um pensamento ao mesmo tempo, é absolutamente necessário que as impressões, que nos chegam através dos olhos, dos
ouvidos, etc., se unam em alguma parte do corpo para serem aí consideradas pela alma. (...) Ora, não podemos encontrar nenhuma outra nestas condições, em toda a cabeça, senão a glândula pineal, que se acha, além do mais na situação mais adequada para esse fim, isto é, no meio, entre todas as concavidades, sustentada e cercada por pequenas ramificações das carótidas, que trazem os espíritos ao cérebro."
Alma na pineal? Já imaginou o toda a essência humana contida numa glândula do tamanho de um feijão? Passemos adiante, ainda no campo da filosofia, desta vez espírita, na questão 146 de O Livro dos Espíritos:
"A alma tem, no corpo, uma sede determinada e circunscrita?
— Não. Mas ela se situa mais particularmente na cabeça, entre os grandes gênios e todos aqueles que usam bastante o pensamento e no coração dos que sentem bastante, dedicando todas as suas ações à Humanidade."
Ou seja, até possui uma área de influência maior no corpo em certas áreas de interesse do espírito. Mas daí a se situar no corpo vai longe...
Só que a pineal teima em aparecer em outras culturas, com grande importância: Na filosofia hindu, o sexto chakra, Ajna, está localizado um pouco acima dos olhos, entre as sobrancelhas (ponto conhecido como bhrumadhya). É simbolizado por umolho - o tão falado "terceiro olho" - que seria o olho da mente. Quando este chakra é estimulado e desenvolvido, ou seja, quando o olho é "aberto" através de mantras e
meditações, é revelada uma nova dimensão da realidade para o praticante.
Estudiosos ocidentais encararam isso como uma metáfora poética e nada mais.
Até que, em meados do século 19, quando o território da Austrália começou a ser explorado, um réptil nativo chamou a atenção dos pesquisadores, o Tuatara (Sphenodon punctatum). Este animal tem, em adição aos seus dois olhos, um terceiro encrustrado no crânio, revelado apenas por um pequeno orifício coberto por uma membrana, possui uma retina e uma conexão nervosa com a pineal, mas cientistas disseram que não possui funcionalidade, já que não possui conexão com o cérebro. A presença desse terceiro olho é um desafio para os cientistas, já que quase todos os vertebrados possuem uma estrutura homóloga no centro do crânio, seja répteis, peixes, pássaros e mamíferos. Essa estrutura é conhecida como a glândula pineal.

Essa glândula está situada no cérebro, entre os dois hemisférios. No embrião, a pineal começa a se formar como um verdadeiro olho. Já está demonstrado que a glândula é sensível a luz, por conter fotorreceptores iguais aos presentes na retina dos olhos. Ela é um órgão cronobiológico, um relógio interno que capta as radiações do Sol e da Lua e dá ao organismo a referência de horário. Baseado nisso, ela produz o hormônio melatonina, que regula os instintos de acordar e dormir. Também produz naturalmente traços do químico dimetiltriptamina (ou DMT), que é alucinógeno (encontrado no chá Ayahuasca).
E qual a relação da pineal com o chakra Ajna? É que, na tradição da Yoga, o Ajna origina-se a partir da glândula pineal, muito embora a Teosofia, através do livro Os Chakras, de Leadbeater, fale que na maioria dos indivíduos o vórtice dos Chakras Coronário e Ajna convergem para a glândula pituitária, mas em alguns casos (médiuns? sensitivos?) o Coronário se inclina até a pineal, como mostra o desenho ao lado, mas não o Ajna. Confusão estabelecida, consultei Lázaro, da lista Voadores, e obtive a resposta: "a relação dos chakras com glândulas é, segundo conhecimentos mais recentes, e médicos espiritualistas de alto discernimento, uma relação simbólica, por equivalência de funcionalidade. E ainda assim indireta, uma vez que os chakras se ligariam aos plexos, e estes sim às glândulas endócrinas"...
Ainda assim, não se pode negar uma clara relação do chakra Ajna com a pineal, como pudemos observar no caso de Hira Ratan Manek, que não se alimenta há mais de 7 anos e obtém energia através da estimulação da pineal com raios solares, através da retina, mas que também sugere para se abastecer de energia apenas o uso do terceiro olho (Ajna).
No Yoga, as nadis Ida e Pingala encontram-se no centro da testa, que é a morada da alma (Atman). Para representar a importância deste ponto, os hindus usam o Tilaka, um símbolo que pode ter diferentes formas e significados. Os Vaishnavites (seguidores de Vishnu) usam uma marca em forma de U neste ponto, chamada de Urdhva-pundra, já os seguidores de Shiva usam o Shaivite Tripundra tilak, composto por três linhas horizontais, símbolo este que até mesmo o Papa João Paulo II se permitiu receber em sua testa. Já as mulheres casadas usam o Bindi, uma pintura em forma de ponto, que tem um sentido espiritual, tradicional e também decorativo. Hoje em dia já virou moda, e é usado por mulheres casadas ou não, geralmente como um pingente auto-adesivo.
Na Seicho-no-ie diz-se que o terceiro olho é o centro da divina compreensão e divina imaginação, e que, quando em perfeita atividade, permite a visão de planos superiores (a chamada clarividência) e o acesso de acontecimentos do presente/passado/futuro. Dá acesso também ao que denominamos de intuição, percepção e ainda à temperança, à abstinência, à dignidade, à veneração, a sentimentos delicados, à inteligência e ao discernimento.
Os Taoístas dizem que depois que a criança sai do útero, o espírito primal começa a residir justamente no terceiro olho, "Olho Celestial"!
Já a medicina chinesa não considera o cérebro a sede da alma e do espírito, e sim cada célula do corpo, assim como o campo magnético do organismo. O órgão Yin do Fogo, o Coração, é considerado o centro da consciência, do sentir e do pensar. No coração manda Shin, o espírito do Fogo. O ideograma chinês Shin pode ser traduzido como "espírito", "alma", "Deus", "divino" e "eficácia". Quando dizemos que alguém tem "espírito", refletimos o significado desse ideograma. Shin tem duas residências: A residência de baixo é o coração, a partir de onde se encarrega de equilibrar os sentimentos e de favorecer uma maneira de falar sincera. Sua residência de cima é o terceiro olho, ou o chacra da frente, onde cria clareza de pensamentos e consciência no modo de viver. Quando essas faculdades são encontradas numa pessoa, seu Shin está cheio de força e saúde. Isso se vê no brilho e na luz de seus olhos.
Uma fantástica semelhança com o que está na Codificação Espírita...
Tais coincidências não passaram desapercebidas aos cientistas. Obras de André Luiz, em especial o livro Missionários da Luz, escrito em 1945, atraem a curiosidade dos estudiosos por conter descrições detalhadas da maquinaria humana interagindo com o mundo espiritual. No capítulo 1 do livro psicografado por Chico Xavier vemos que a pineal é claramente citada como o centro da mediunidade:
"- Observe. Estamos diante de um médium de psicografia comum. Antes do trabalho a que se submete, nossos auxiliares já prepararam seus potenciais para que não tenha a saúde física perturbada. O trabalho de transmissão da mensagem não será simplesmente 'tomar a mão'. Há outros processos complexos envolvidos. E, diante de minha profunda curiosidade científica, Alexandre aplicou-me suas energias magnéticas e passei a ver, no corpo do médium, um grande laboratório de forças vibratórias. Meu poder de visão era superior ao dos raios X. As glândulas do rapaz transformaram-se em pontos luminosos, como pequenas usinas elétricas, mas preferi me deter para observar melhor o cérebro, em particular. Os condutores da medula pareciam um pavio longo, carregando a luz mental, como chama de uma vela enorme. Os centros metabólicos me surpreendiam. O cérebro apresentava brilho em seus desenhos. Os lobos cerebrais pareciam correntes dinâmicas. As células corticais e as fibras nervosas, com suas ramificações finíssimas, formavam delicado conjunto de condutores das energias mais profundas e desconhecidas.
Nesse processo, sob a luz mental sem definição, a pineal emitia raios azulados e intensos.
- Percebeu o mecanismo? - perguntou Alexandre, interrompendo meu deslumbramento. - Transmitir mensagens de um plano para outro, no serviço de orientação humana - continuou - exige esforço, boa vontade, cooperação e propósito justo. É claro que o treinamento e a colaboração espontânea do médium facilitam o trabalho, mas, seja como for, o processo não é automático. Requer muito conhecimento, oportunidade e consciência.
- (...)Estamos observando as particularidades do perispírito. Você pode perceber agora que todo corpo glandular é uma central elétrica. No exercício de qualquer tipo de mediunidade a pineal desempenha o papel mais importante. É no equilíbrio de suas forças que a mente humana intensifica o poder de emissão e recepção de raios característicos do nosso plano. E é nela que encontramos o novo sentido dos homens, embora ainda adormecida na maioria deles.
Percebi que, de fato, a glândula pineal do médium emitia luz cada vez mais intensa."
Há ainda um outro trecho mais longo onde André Luiz se detém especificamente na
Pineal. Poderíamos então deduzir que a pineal seria a porta de entrada do espírito?

Afinal, se ela se conecta a um espírito (que não o nosso) pra permitir a incorporação, por que não é também o canal de comunicação do nosso próprio espírito com o corpo, que (agora sabemos) não é mais do que um veículo emprestado pela Mãe Terra? A resposta pode ser afirmativa, se encararmos a pineal como uma antena, e os outros sistemas do cérebro como o receptor responsável pela interpretação dos sinais. Vejamos o cap. X do livro "Mecanismos da Mediunidade", do mesmo autor: "...A corrente mental (...) vibra, ainda (...) no conjunto talâmico e hipotalâmico, em que se mecanizam os reflexos do Espírito". Fantástica definição. Seria a mediunidade, de fato, um atributo biológico e não um conceito religioso,como postulou Allan Kardec? Foi pra responder a essa pergunta que o psiquiatra e mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo, dr. Sérgio Felipe de Oliveira, diretor-clínico do Instituto Pineal Mind e diretor-presidente da AMESP (Associação Médico-Espírita de São Paulo), voltou seu interesse ao estudo da pineal e sua relação com a mediunidade.  


 Sobre o Palestrante
Sérgio Felipe de Oliveira é um psiquiatra brasileiro, mestre em Ciências pela USP (Universidade de São Paulo) e destacado pesquisador na área da Psicobiofísica. A sua pesquisa reúne conceitos de Psicologia, de Física, de Biologia e do espiritismo.
Desenvolve estudos sobre a glândula pineal, estabelecendo relações com atividades psíquicas e recepção de sinais do mundo espiritual por meio de ondas eletromagnéticas. Realiza um trabalho junto à Associação Médico-Espírita de São Paulo AMESP e possui a clínica Pineal Mind, onde faz seus atendimentos e aplica suas pesquisas.

Segundo o mesmo, a pineal forma os cristais de apatita que, em indivíduos adultos, facilita a captura do campo magnético que chega e repele outros cristais. Esses cristais são apontados através de exames de tomografia em pacientes com facilidade no fenômeno da incorporação. Já em outros pacientes, em que os exames não apontam tais cristais, foi observado que o desdobramento fora facilmente apontado.
Nessa palestra ele comenta sobre as suas pesquisas e descobertas com relação a uma parte do cérebro muito pouco conhecida pela ciência, mas já bem familiar dos praticantes das ciências ocultas.

Trata-se da Glândula Pineal.
"Desde os tempos imemoriais aquelas pessoas com capacidades acima da média com relação há massa da população em geral, vem demonstrando que o ser humano é muito mais do que uma simples massa de carne e ossos pulsante.
O ser humano mais do que apenas um conjunto de carne/ossos é acima de tudo um ser transcendental que possui sua consciência fora do corpo (o observador está fora, não dentro) e possui dons especiais que o diferencia completamente do restante dos animais.
A *ciência ortodoxa materialista quer fazer as pessoas negarem a si mesmas, impondo um dogma estúpido e insano que diz que:
“Esse mundo é tudo o que existe e nada há além..”
Mas graças a pessoas como o Dr. Sergio, esses dogmas virulentos vem sendo varridos aos poucos do cenário da Ciência...
A Ciência honesta e lúcida segue as evidencias até onde elas forem dar...
Ela não se importa com “Ideologias”, nem com “gostos” ou “preferências”... ela se importa, isso sim, com a VERDADE!

Mas eu estou falando da VERDADEIRA CIÊNCIA e não dessa PseudoCiência que alguns tipos (tais como o Richard Dawkins, Carl Sagan, Michael Shermer, James Randi, Daniel C. Dennett, etc...) tentam nos vender como “ciência”.
O “cientista” que diz que o espírito não existe, que os poderes paranormais são “fantasias” e que só há vida na Terra e todo o resto do Universo está vazio... não é na verdade um cientista, mas sim um fundamentalista religioso! Um idolatra fanático da religião chamada Materialismo (ISMO = Ideologia)."


Veja aqui a palestra completa do DR. Sergio Felipe Oliveira na Universidade de Caxias do Sul.

Fontes:
- Wikipédia
- Youtube

- Da Glândula Pineal à Sensibilidade Espiritual (II)
- Ajna chakra 3rd eye (artigo interessante sobre a pineal, em inglês);
- Blog espiritualizado (vários trechos dos livros de André Luiz sobre os mecanismos da mediunidade);
-Face a face com Chico Xavier
- Osho: O momento atômico

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